segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Os Damaias: Capítulo III- A estadia

O tempo passava n'A Colina da Chuva, quase tanto como passava noutro sítio qualquer. Não tanto, porque os relógios estavam avariados, mas ainda assim, passava. E como alguém tinha de fazer alguma coisa com ele, foi-se gastando no hotel, na Damaia, e um pouco por toda a metrópole, até que havia tempo gasto espalhado por toda a parte. Foi gasto em acordar mais cedo que os galos, para criar a sensação de jet-lag, posteriormente usada na deambulação que teimava percorrer a cidade. E quanto percorreram naquela semana!
Enveredaram por caminhos que não conheciam Lisboa, e que Lisboa não conhecia, perdendo-se repetidamente apenas para se encontrarem num sítio onde não estavam. Pairavam em cafés, quase se sentiam clientes até terem de pagar, o que raramente acontecia. Ainda assim, circulavam, ouvindo conversas, por vezes participando nas mesmas, com heterónimos, como Duque da Panólia, ou Esbéquio, que ninguém tomava como nome verdadeiro. Visitaram o metropolitano, sendo esse o seu principal meio de deslocamento pela cidade. E não era fácil caminhar pelos carris.
E toda a exploração que faziam durante o dia terminava nos quartos luxuosos d'A Colina da Chuva. Mas a rotina foi rompida, quando Hernâni explorou mais do que queria ao entrar na casa de banho sem bater três vezes à porta primeiro...
Mistério...

1 comentário:

Anónimo disse...

Quero mais Damaias (: